Coisa de Mãe

Uma luz no fim do túnel

11 Comentários

Valentina completa hoje 1 ano e 1 mês. Desde terça passada, desencadeou um processo que oscila entre febre, tosse, garganta inflamada e nariz que mais parece um chafariz (desculpem a rima). Além do cansaço, provocado pelas noites mal dormidas, a preocupação com uma “virose” que vem se estendendo há seis dias. De qualquer maneira, para além das preocupações, o post vem fazer um registro: Finalmente, fui atendida por uma médica capaz, numa emergência pediátrica. Tenho um filho de 5 anos, João Marcelo. Então, devo admitir que conheço emergências pediátricas e estou acostumada com os procedimentos. Embora o primogênito não seja uma criança que adoeça muito, é claro que já fomos algumas vezes a emergências pediátricas. Já registrei em outro post toda a minha indignação quanto ao tratamento dispensado por alguns médicos que trabalham nessas emergências. Semana passada, a situação se repetiu. Imaginem o cenário: Filha doente, febre alta (39,5°), nariz entupido, sem comer nada. Chego à emergência, relato o quadro para uma médica que devia ser uma estagiária – com todo o respeito aos estagiários, uma vez que há estagiários inclusive mais competentes do que muitos profissionais. Ela fez a ausculta pulmonar e cardíaca. “Pronto, mãe. Ela está bem. É só um resfriado”. Retruquei: “Mas, doutora (tive vontade de usar outro nome), ela está sem comer. Será que não é nada na garganta?” Ela olhou para mim como quem pensa que mãe é tudo igual e respondeu: “É um resfriado, mãe. Quando a gente tem resfriado, a gente não quer comer”. Ah, tá, agora a explicação “médica” de que eu precisava. A “doutora” não examinou nem os ouvidos nem a garganta da pequena. Saí indignada. Novamente. Mas, a pediatra de Valentina está de férias e não tinha jeito. A alternativa era mesmo a emergência pediátrica. Recorri a outro hospital, completamente descrente. Mas, como nem tudo está perdido, veio a grata surpresa. Ao ser atendida, a médica conversou sem pressa. Perguntou detalhes do quadro de Valentina. Examinou cuidadosamente. Depois, foi precisa: “Ela está com a garganta inflamada, e repleta de aftas. Por isso, não consegue comer. O processo vai de quatro a cinco dias.” Passou um antiinflamatório local meia hora antes das refeições. A previsão se confirmou. No quarto dia, a febre foi embora. Valentina passou a comer melhor. Durante mais de 24 horas, minha filhota não teve febre. Ontem, voltou a febre. Liguei para a emergência pediátrica e procurei saber quando era o plantão da médica que havia nos atendido. Voltamos e novamente imperou a segurança de quem sabe o que está fazendo. “Realmente, já faz seis dias, mas o quadro geral dela é bom e a febre já não está tão alta. Além disso, passou mais de 24 horas sem febre. Não vou furá-la. Vamos esperar até amanhã. Só volte se ela estiver com febrão. Caso contrário, vamos controlar. Caso a febre, mesmo baixa, perdure até quinta-feira, então, vamos furá-la. No mais, muito líquido”. Naquele momento, entendi o sentido da frase “uma luz no fim do túnel”. E concluí: Emergência, seja ela qual for, não é lugar para principiantes. Os profissionais recém saídos das faculdades de Medicina precisam ser supervisionados. Provavelmente, por uma questão de economia, são contratados médicos novos e sem experiência. É uma irresponsabilidade por parte dos grandes hospitais. Uma vergonha!

P.S. Respondam a enquete ao lado!

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...

Deixe uma resposta

Campos obrigatórios assinalados *.


© Copyright COISA DE MÃE - Criado pela Tante utilizando Wordpress.