Coisa de Mãe

Pai é pai

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Sempre falamos nas mães. Em como são importantes na vida dos filhos, em como estão presentes, em como se desdobram no exercício da função… Mas, já que ontem foi Dia dos Pais, resolvi discutir um pouco as mudanças que vêm ocorrendo no dia a dia do homem moderno.
Se as cobranças da sociedade recaem sobre a mulher de forma intensa, essa mulher, por sua vez, tem cobrado do homem divisão de tarefas, diante da quantidade de atividades que ela acumula cotidianamente. No exercício da paternidade, a cobrança não é menor. E aí, se mãe é mãe, pai é pai…
Então, fico pensando na nossa característica (das mães, de maneira geral) de querermos as coisas do nosso jeito. De pensarmos que se os filhos não forem atendidos na sua demanda, da forma que, acreditamos, seja a adequada, pronto, o mundo se acaba!!! E fico pensando ainda em como os pais conseguem ver tudo de uma maneira mais tranquila, menos preocupada, mais leve, de uma leveza quase insustentável (pelo menos, para a maioria das mães)…
Lembro-me nitidamente de meu pai me levando com minha irmã ao parque e, ao voltar, estávamos cheias de areia. Mamãe reclamava: “Essas meninas têm areia até no caroço do olho!” Eu não entendia a reclamação. Afinal, tinha sido tão bom brincar sem ninguém me policiando, sem me preocupar se voltaria suja da cabeça aos pés…
Hoje, entendo, claro… A mãe já pensa que a areia no olho pode causar desconforto e até uma conjuntivite. O pai nem percebe que a criança está imunda, ainda mais com areia no olho… Enquanto temos uma tendência de proteger os filhos, os pais costumam lançá-los ao mundo…
Se devemos às mães o aprendizado do amor, já que dizem que os filhos aprendem a amar com as mães; devemos aos pais a nossa autoconfiança, uma vez que, com sua leveza, eles nos ensinam que “sim, podemos”!
Vocês podem dizer que estou generalizando: nem todo pai é assim, nem toda mãe também! Claro que estou generalizando, claro que estou falando a partir de um lugar muito próprio: o meu. E claro que estou falando de um modelo em que o papel dos pais obedece a uma lógica machista de provedor, enquanto, às mães, é reservado o lugar de cuidadora. E ainda: muita coisa mudou, mas nem tudo. E, sim, ainda vivemos um pouco “como os nossos pais”, embora lutemos todos os dias para fazer diferente…
Portanto, meu enorme respeito aos pais, por tudo que fazem e por tudo que não fazem, embora continuemos achando que deveriam fazê-lo…

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