Coisa de Mãe

17 de agosto de 2015

por Christianne Alcantara

Quando a vida se dá…

Eu sempre publico uma frase de Vinícius de Moraes que amo: “Porque a vida só se dá pra quem se deu…”. Quando eu me lembro do período que amamentei os meus filhos e os vejo agora, percebo que a frase se encaixa perfeitamente. Para mim, a amamentação foi fisicamente dolorosa em alguns momentos (tive mastite, fungo e fissuras), mas foi muito prazerosa também. Eu tinha certeza de que amamentá-los era o maior gesto de amor que eu podia oferecer a eles naquela fase de suas vidas. E eu me entreguei completamente. Amamentar é alimentar de amor, de afeto, de entrega. É estabelecer vínculos. Hoje, eu sinto a vida se dando, devolvendo em dobro, seja no olhar confiante dos meus filhos, seja na cumplicidade que existe entre nós. Sem mencionar a saúde deles… Na maternidade, já errei muito, mas, se acertei em alguma coisa, eu posso afirmar que foi quando escolhi amamentá-los.

12 de agosto de 2015

por Christianne Alcantara

Amor que não se repete

E dia desses eu estava conversando com minha funcionária que está grávida de 05 meses, mas o namorado não quer assumir a paternidade. Tentando consolá-la:
– “Concentre-se no seu filho. Não tem nada melhor no mundo do que filho”.
Antes que ela respondesse, minha filha, Valentina, resolveu se intrometer na conversa:
– “Tem”.
Deu uma pausa e completou:
– “Mãe”.
Pois é. Por isso que eu digo: Não há nada melhor no mundo do que filhos.

1 de fevereiro de 2015

por Christianne Alcantara

Um animal de estimação em minha vida

Nós compramos uma cachorra. Nunca postei no blog, mas Frida Kahlo já tem 1 ano e 7 meses. Ela entrou nas nossas vidas quando tinha 3 meses. Eu não tive animal de estimação. Na verdade, eu tinha até medo de cachorro. Fui mordida por um quando tinha 6 anos. Mas achei que devia dar aos meus filhos a oportunidade de ter um animalzinho de estimação… Frida é uma West Highland White Terrier. Quem conhece sabe. Tem energia que vale por várias crianças juntas. E dá mais trabalho do que Valentina e João Marcelo juntos também. O fato é que eu comprei para as crianças, porém, entretanto, todavia, a cachorra se tornou mais minha do que de qualquer um lá em casa. E, claro, que meus filhos têm obrigações com ela, como providenciar a água, dar a comida, banho, adestrar, cuidar quando ela está doente, mas a verdade é que a maior parte das tarefas termina sendo de minha responsabilidade. Sim, há compensações: um amor incondicional, uma fidelidade literalmente canina… E algumas coisas que tenho aprendido durante o processo de adestramento, como “não adianta gritar”, “consistência é fundamental” e “ser firme nos comandos”. O que me faz pensar: qualquer semelhança com o “educar” é mera coincidência? Aceito opiniões a respeito…

28 de janeiro de 2015

por Christianne Alcantara

Esponjas e outras coisas mais

Valentina, minha filha de 05 anos, ouviu sobre o assunto. Ela não assiste TV aberta, mas, tudo bem, eu sou jornalista e o que não falta é jornal na minha casa: Jornal do Commercio, Diário de Pernambuco, Folha de Pernambuco (os três jornais locais) e Folha de São Paulo. Eu e Marcelo (o pai) comentamos política, cotidiano, quase tudo… O irmão de 09 anos, João Marcelo, também gosta de fazer suas incursões pelas páginas dos jornais, lendo as principais manchetes e até matérias. Então, sim, ela sabe que São Paulo está sofrendo uma crise de abastecimento d`água, embora ainda não esteja lendo. Mas eu não sabia que ela sabia. Hoje, quando fui dar o banho dela, pela manhã, havia pouca água saindo do chuveiro. Eu estranhei e pensei em voz alta:

– O que foi que aconteceu?

Abri a torneira da pia. Água em abundância. Voltei ao chuveiro. Pouca água. Ainda em voz alta de mim para mim mesma:

– Por que não tem água no chuveiro?

Ela olhou para mim séria e respondeu:

– Mãe, você não sabe não? São Paulo está pegando da nossa água porque lá não tem mais não…

Minha própria mãe sempre disse que crianças são esponjas. Agora entendo exatamente a associação.

22 de agosto de 2014

por Christianne Alcantara

Simpatia não é fundamental

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Ontem, vendo o guia eleitoral, o pai fez um comentário sobre um dos candidatos:
– “Esse candidato parece ser um porre”.
João Marcelo, de oito anos, perguntou:
– “O que é um `porre´?”
E eu respondi que é uma pessoa chata. Ele olhou para o pai e recriminou:
– “O que é que tem que ele seja um porre se ele trabalhar pelo Brasil?”
O pai olhou-o de lado e calou.
Pois é, simpatia não é fundamental para alguns…

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