Valentina faz natação desde os nove meses. Isso significa que agora em setembro vai completar um ano que ela faz natação. Nós vamos, juntas. Duas vezes nas semana, entramos na piscina e fazemos os exercícios que a professora orienta. Desde o primeiro momento, a imersão dela foi muito tranquila. Mergulha, adora brincar com os baldes e bonecos de que a professora dispõe para atrair os pequenos. É o meu momento muito especial com ela. Por meia hora, somos eu e ela. Muitos beijos, abraços, mergulhos e, ops, Valentina “engoliu um peixe” (é quando ela não faz o bloqueio debaixo d’água e se engasga). Mas, ultimamente, já estamos entrando em um novo estágio: o do desmame. Mais um. Vou ter que sair da piscina e minha filha já vai ficar sozinha com a professora e os coleguinhas. Semana passada, a professora me disse que a turminha já era maior e que eu ia precisar sair da piscina. Meus olhos ficaram inundados, mas acho que ela não notou. Estava com o rosto molhado dos mergulhos. A verdade é que eu quase não faço mais os exercícios com Valentina. Fico só nas bordas, como isca, para que ela faça os movimentos. Senti um vazio e uma mistura de alegria com tristeza. Aí pensei: é o que dá a gente querer que os filhos cresçam. Eles crescem.
