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A aventura de viajar com crianças – Parte II

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Quando eu era uma pré-adolescente, uma tia querida me deu o livro Pollyanna. Depois, o Pollyanna Moça. Clássico da literatura infanto-juvenil, a obra de Eleanor H. Porter concentra-se na ideia de que devemos ver tudo pelo lado positivo. A protagonista, Pollyanna, costuma jogar o “jogo do contente” e, por meio dele, enxerga nas situações mais difíceis algo positivo. Gosto da proposta, mas acho juvenil demais. Acredito mesmo que tudo tem suas vantagens e desvantagens. As desvantagens têm que ser analisadas e revistas para que sejam minimizadas. Não vou me repetir (leiam o post anterior): a viagem foi maravilhosa, mas cometi alguns equívocos que poderiam ter sido evitados… Viajei com João Marcelo, de 05 anos, e Valentina, de 1 ano e 9 meses. Vou deixar as dicas.
Onde foi que eu acertei:
1. Preocupei-me com os horários dos vôos – busquei aqueles que se encaixavam mais ou menos na rotina da minha pequena. Foi perfeito. Ela dormiu durante quase todos os vôos de ida e de volta;
2. Fiz um roteiro anterior dos lugares apropriados para as crianças, conferi dias e horários de funcionamento (ler post anterior). Com isso, ganhamos tempo e aproveitamos o máximo;
3. Levei uma mochila (essa dica parece uma bobagem, mas me ajudou muito) e dentro colocava tudo (meu e dos meninos). Nada das minhas bolsas lindas (deixei a vaidade para uma viagem a sós com o maridão);
4. Calça jeans e tênis foram as opções básicas e confortáveis para o dia a dia com as crianças (tudo bem que não resisti, em alguns momentos, e coloquei botas, mas baixas, bem baixinhas!);
5. Respeitei as necessidades deles. Valentina estranhou nas quatro primeiras noites. Quebrei a rigidez e, quando ela acordava de madrugada, não tinha dúvidas: dormia na cama com a gente (tudo bem que ficou um pouco apertado, mas é melhor do que ficar acordado);

Onde foi que eu errei:
1. Não levei carrinho. Fui teimosa, contra todas as dicas que me deram, optei por não levá-lo (pensei que o carrinho é grande, ocupa espaço etc e tal). Resultado: ainda estou sofrendo com uma dor de coluna de tanto carregar Valentina (era tudo muito diferente e ela não queria sair dos meus braços);
2. Levamos as crianças para um restaurante não muito apropriado (apertado e não tinha sequer um trocador. Tive o maior estresse com outra turista que queria usar o banheiro enquanto eu limpava Valentina). Resultado: almoço caro e tenso;
3. Poderia ter preparado malas menores. Não foram enormes, mas poderiam ter sido ainda mais modestas. Resultado: Algumas roupas sequer foram usadas.
4. Quanto à alimentação das crianças, poderíamos ter comprado mais frutas e feito piqueniques nos parques, por exemplo. Como os dois são alérgicos (um a leite e a outra a ovo), não tivemos muita opção. Os meninos se entupiram de batata frita e carne (base do cardápio argentino). Resultado: uma semana de alimentação pobre. Ainda bem que suco de laranja natural é comum por lá…

É bem verdade que as dicas não são excepcionais, beiram o óbvio mesmo, mas sempre é bom lembrar que a experiência dos outros pode, sim, servir de lição para algumas pessoas…

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